quinta-feira, 5 de março de 2009

Entre São Paulo, BH, JF e Viçosa, fiquei aqui

No mesmo ano em que prestei vestibular em Sampa, prestei também para Comunicação em Juiz de Fora. Lá eu também não passei, pois fiz a prova aberta de física a lápis e por isso zeraram minha prova.
Mas decidi ficar em Juiz de Fora, afinal era muito mais perto, quase toda minha família formou lá, e a qualidade de vida nesta cidade parecia ser melhor que em São Paulo. Além do que eu estava namorando à distância com uma garota de Ipatinga e não queria ficar mais longe ainda dela.
Arrumei uma vaga num apartamento que mais parecia um porão, foi uma merda, e pra piorar a situação minha namoradinha ainda conseguiu transformar minha vida num inferno, mesmo estando tão longe. Todo dia ela me ligava chorando por causa de alguma coisa e o troxa aqui revirava Deus e o mundo para consolá-la, até que ela me chifrou e aí o namoro desandou de vez. Fiquei muito mal por isso, e como estava pensando em fazer publicidade e em JF não itnha resolvi voltar pra casa.
Prestei vestibular pra Publicidade e Propaganda na Unileste em Fabriciano, uma cidadezinha ao lado de Ipatinga.
Passei no vestibular. Mas no meio do segundo período, quase dei um ataque cardíaco na sala de tanta raiva que estava daquela faculdade, aí resolvi sair. Não perdi nada o curso lá era literalmente uma merda. A única coisa boa que me aconteceu lá foi ter conhecido um professor de Filosofia que era um gênio, o Eduardo Bocoline, até hoje não o reencontrei mas é destas pessoas que meio que mudam sua vida. Várias decisões profissionais que tomo hoje são por causa deste cara.
Depois de largar a faculdade resolvi ir para BH fazer Produção Multimídia na UniBH. Parecia ser um curso bom, com uma grade excelente, não fosse uma coisa: a incompetência de vários professores e uma sala lotada num curso bastante difícil.
Neste mesmo período arrumei um estágio com uma galera bem louca numa micro empresa, eles fazia sites. Não consegui conciliar o curso com o estágio e ainda por cima organizar minha vida pessoal, que estava uma bagunça em função de tantas mudanças. Aí apareceu a oportunidade de fazer uns cursos no centro de treinamento da ADOBE em BH. Os cursos oferecidos lá eram os mesmos da faculdade, com um porém, lá era quase que só eu e o professor na sala, quando tinham muitos alunos eram no máximo cinco! E o melhor de tudo, se eu achasse o professor ruim eu poderia trocar de turma. Foi uma maravilha, era como se eu tivesse feito um curso que era pra durar dois anos em meio em apenas um.
Depois de ter feito uns quinze cursos da ADOBE oportunidades de emprego não me faltavam. Me vi podendo ganhar um salário bacana aos 20 anos de idade mas numa cidade extremamente cara e com poucos amigos. Agora o problema já não era mais dinheiro, mas sim qualidade de vida.
Já sabendo pescar mas não conseguindo vender o peixe comecei a pensar em fazer administração.
Fui à algumas palestras na UFMG e comecei a fazer algumas visitas à cidade de Visoça. Além de ter me encantado completamente pela cidade, percebi que a UFV era BEM MELHOR que a UFMG em vários aspectos. Não deu outra, nem prestei vestibular pra UFMG e passei direto no exame da UFV.
Hoje estou aqui, numa cidade cheia de festas, tudo muito barato, mulheres bonitas e receptivas, um curso bom, com um restaurante universitário em que eu almoço por apenas 2 reais, trabalho em casa pela internet, corro todo dia no campos mais bonito do Brasil, e não bastasse tudo isso parece que nem vou mais precisar gastar dinheiro com pscicólogo, até isso a UFV me oferece, mas isto já é outra história.

quarta-feira, 4 de março de 2009

De Ipatinga a São Paulo

Acabei de me mudar pra viçosa. Mas desde os 17 que venho ensaiando sair definitivamente de casa.
Por sempre tirar boas notas, antes mesmo do término do terceiro ano fui pra São Paulo. Morei lá um tempo na casa da minha tia, fazia cursionho no Anglo(unidade Sergipe). Tinha de acordar umas cinco e meia(da manhã viu gente!) pegava dois busão, e lá estava eu. O único Ipatinguense numa sala de 300 pessoas, como nunca fui nem um pouco tímido em duas semanas já conhecia todo mundo, ou todo mundo me conhecia. Sempre que iniciava minhas perguntas com "aqui", todo mundo já gritava: É minêro!
Passei na primeira etapa, tinha prestado pra Áudio Visual. Era em torno de 40 por vaga e os meus 70% deu pra me garantir.
Aí veio a segunda etapa e eu não passei. Lembro direitinho até hoje como foi a prova: um dia de matérias específicas de humanas e o outro uma prova muito louca feita num auditório. Simplesmente me deram uma cartolina branca e duas folhas cheias de gravura e disseram: faça o que quiser. Filhos da puta, pensei em fazer uma bolinha bem grande de cartolina e enfiar no cu dele! Me segurei e fiz o seguinte: Recortei e colei nesta ordem, a gravura de um cara olhando uma foto, outra duma gatinha dentro de uma balão de pensamento, uma seta para um carro, um bolo de fubá e uma máquina fotográfica, ou seja, olhou, gostou, gastou, comeu e tirou foto. O título: Perversão social. Pronto, achei que tivesse ficado o máximo, afinal estava naquela época em que pipocavam fotos dasa piriguetes na internet e elas davam entrevista toda revoltada. Mas não rolou, tirei apenas 3 pontos em 80.
Moral da história, sempre leiam o manual do aluno e não tirem fotos peladas!